Para iniciar
esse diálogo, falaremos da adaptação escolar, do ponto de vista do acolhimento.
A concepção de adaptação apresentada sob essa perspectiva traz a ideia de que o
ato de educar não esta separado do ato de cuidar.
As crianças, que estão indo para a escola pela primeira vez, sofrem de ansiedade da separação. Elas sentem medo de que os pais não voltem para buscá las e fantasiam o abandono. É importante que os pais demonstrem interesse pela experiência que elas estão vivendo e que as encorajem, reforçando lhes aspectos entusiasmantes de escola como: conhecer novos amiguinhos, poder brincar com eles, etc e tranquilizando - os quanto ao amor que sentem por elas, quanto à proximidade que manterão com a escola e com a sua professora, e quanto a estarem lá para buscá las no horário da saída.
Ao acolher o aluno em seus primeiros momentos na escola, ou a cada nova etapa escolar, precisamos fazer com que se sintam cuidados, confortáveis e, acima de tudo, seguros e amados. A adaptação é necessária, porém não precisa acontecer de forma passiva e o acolhimento é o que garantirá a qualidade de adaptação.
Mais o acolhimento não deve ser visto como algo que ocorre apenas na vida escolar, o acolhimento acontece todos os dias e deve fazer parte da rotina da criança na sua passagem de entrega dos pais a escola. Os educadores devem mostrar (e acreditar no que fazem) interesse pelo que a criança demonstra e/ou diz nesse momento, bem como sua família, mostrando compreensão desse momento difícil para ambos.
Algumas crianças passam com maior facilidade por essa fase, agem como se aquela situação sempre tenha feito parte de sua vida, talvez elas tenham passado por experiências podendo apresentar reações como choro, isolamento, podem adoecer, negar-se a comer, dormir e brincar. É preciso acolher essas manifestações e entendendo-as como parte natural do processo de adaptação. Assim como o apego a chupetas, brinquedos e paninhos, ou necessidade de rituais para comer, dormir ou ir ao banheiro. Garantir a criança que ela mantenha seu jeito de ser, permite que ela se sinta mais segura, com isso vai se trabalhando aos poucos as regras do grupo e do novo ambiente, trabalhando com cuidado as frustrações. Conversar com a criança, por menor que ela seja, sobre rotina, sobre o que vai acontecer com ela, sobre o que ela esta sentindo é a melhor forma de lidar com essa situação, permitindo que ela desenvolva sua alta confiança.
E finalmente, o que acho mais importante, é que devemos acreditar que amor, dedicação, acolhimento e afeto não fazem mal a ninguém. Saber dosar suas ações equilibrando o amor e a imposição de limites torna-se essa tarefa mais fácil. No entanto torna-se necessário ressaltar que assim como CUIDAR e EDUCAR são dimensões indissociáveis, o AMAR e o ORIENTAR também devem ser.
Colaboração:
Portal
da Educação
http://www.educacao.saobernardo.sp.gov.br/index.php/institucional/educacao-infantil/68-escola/educacao-infantil/1665-acolhimento-e-adaptacao
http://www.educacao.saobernardo.sp.gov.br/index.php/institucional/educacao-infantil/68-escola/educacao-infantil/1665-acolhimento-e-adaptacao
Para facilitar a adaptação
Não é fácil chegar a um lugar desconhecido, e não ter
uma visão do que se possa fazer naquele ambiente.
É importante no momento de acolhimento dos pequenos, mostrar um ambiente atraente, intrigante e interessante para nada menos que... brincar.
Mostrar jogos, fantasias, brinquedos, espaços lúdicos enfeitados e alegres, fazem parte do plano para uma adaptação acolhedora e divertida.
Sendo a brincadeira uma linguagem universal, por meio dela as crianças se aproximam, se encontram, interagem e, assim, ao longo dos dias, vão reencontrando os colegas em suas brincadeiras preferidas, nas quais filhinhas e filhinhos são levados a passear, carrinhos atravessam a sala de aula, que se transforma numa grande pista, percorrendo a cidade para chegar a uma fazendinha montada no outro lado da sala. Além disso, podem dispor de algumas máscaras e capas para transformar meninos e meninas em heróis e heroínas, vestidos e outros panos com os quais as crianças se transformam em princesas e guerreiros, sem falar na velha e boa massinha, que se transforma em pizza, bolo de chocolate, enfim, numa infinidade de guloseimas.
Muitas vezes devemos nos transformar em lobos, bruxas,
porquinhos, piratas, caçadores, entre outros, e mergulhamos, junto com as
crianças, nesse universo tão rico e prazeroso da brincadeira e, assim,
estreitamos laços e garantimos um ambiente onde os pequenos possam se sentir
cada vez mais parte da turma.
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