terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Educação inclusiva: um desafio para muitos e uma descoberta para poucos

O que pensar quando falamos em educação inclusiva? Logo, imaginamos uma sala de aula com 30 ou mais alunos,  e entre elas  uma criança seja ela cadeirante, com Síndrome de Down, autista, D.I., hiperativa,  deficiente auditivo ou visual,  fora algumas síndromes que nós da sociedade temos que

Os professores, esses que não estão preparados, veem em sua frente um pesadelo, uma vez que a escola não esta preparada para receber esses alunos, porém, protegidos por lei*, tem que aceitar essa criança mesmo se não tem o menor preparo para cuidar e instruí-lo.

O acompanhamento com especialistas, um trabalho diferenciado, faz toda a diferença dentro da sala de aula, onde não basta o professor incluir aquele aluno ao grupo, mais sim, desenvolver habilidades que ele necessita, além de certificar-se de que o conteúdo proposto está contribuindo para seu crescimento, sua aprendizagem e porque não também par sua vida.

 Mais eu não tenho um especialista que posso contar em minha escola, o que eu faço?

À escola, cabe definir o seu papel e suas possibilidades perante as inclusões, estabelecendo quais são suas condições em relação à forma de ensinar e atender cada criança. É bastante interessante ver como a Europa trabalha a inclusão em sala de aula.

Aos professores, cabe fazer a diferença e aprender a lidar com estas novas situações. Hoje vemos professores adoecendo emocionalmente e fisicamente por conta destes conflitos. São profissionais que terminam um curso superior sem noção de como lidar com a inclusão, pois viveram isso somente na teoria. 

De qualquer maneira, o professor estudou para cuidar de todos de forma igual, educar a todos pedagogicamente com qualidade, então, humanamente ele não tem como aguentar e suportar tantos casos específicos, alguns deles que geram até agressões.  Faz-se necessária a ajuda externa de especialistas que mediquem e atendam individualmente a criança de inclusão, para que assim a educação possa ser feita de verdade para todos e com todos. Para vencer estas barreiras precisamos envolver a criança, a escola, o professor e, principalmente, a família, pois em muitas situações, a família não suporta as dificuldades, mas o professor precisa fazer a diferença. 

Seguem algumas dicas para algumas deficiências e/ou síndromes, assim, aquele professor que se sentia deslocado pode ter um pouco de referencia sobre como trabalhar em sala de aula.

Falta de concentração e conservação das informações
Primeiro, descubra o que desperta a atenção do aluno e só então proponha atividades. Uma sugestão é a brincadeira do espião. Em dupla, cada integrante observará bem a outra pessoa. Os dois viram de costas  e fazem uma mudança no visual. Depois, um de frente para o outro tentam descobrir o que mudou. Coloque um fundo musical, a música estimula a memória.

Autismo
Concentre-se no contato visual. Olhe nos olhos do aluno, fale de forma serena e objetiva (assim, as falas são mais bem compreendidas). Nem sempre o autista assimila frases como “Não faça isso!”. Em cada atividade, portanto, mostre o que ele deve fazer. De funcionalidade as ações.
Associação Amigos do Autista -  http://www.ama.org.br/
Associação Brasileira de Autismo - http://www.autismo.org.br/

Síndrome de Down
Respeite o ritmo do aluno sem impor nada e não o trate infantilizadamente. Use fotos de familiares para estimular a fala e a memória visual. Estimule a prática de esportes, como a natação, que refinam a condição motora do aluno.
Fundação Síndrome de Down - http://www.fsdown.org.br/
Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down - http://www.federacaodown.org.br/site/
Associação para o Desenvolvimento Integral do Down - http://www.adid.org.br/

Deficiente Auditivo
Posicione o aluno na primeira fileira, de preferência, a sua frente. Quando realizar atividades, faça-as em turma para intensificar o vinculo de inclusão. Fale de frente para a criança, para que ela possa ver e em determinada idade “ler”seus lábios. Diga aos colegas de sala para que façam o mesmo.
Associação dos Surdos de SP - www.assp.com.br/

Deficiente Visual
Oriente o aluno sempre sobre a posição do mobiliário e evite mudar os objetos de lugar. Incentive-o a aprender Braile. Ofereça sempre materiais concretos para ajudá-lo a aumentar seu conhecimento. Lembre-se CEGO NÃO É SURDO, por isso fale em tom baixo com a criança.
Instituto Benjamin Constant – www.ibc.gov.br
 
Outros sites que podem ajudar em outras Síndromes: TDAH, Dislexia, Dispraxia, Transtornos Emocionais
 

Instituto Benjamin Constant – www.ibc.gov.br
Associação Brasileira de Psicopedagogia -  www.abpp.com.br/

Associação Brasileira de Dislexia: ABD - www.dislexia.org.br/

Transtornos afetivos - www.abrata.org.br/




*LEI N. 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989**
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.
** Além da legislação sobre o assunto reunida neste livro, ver ainda: Decreto n. 914, de 6.9.93 (Institui a Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência e dá outras providências); Lei n. 7.070, de 20.12.82 (dispõe sobre pensão especial para os deficientes físicos que especifica e dá outras providências), atualizada pela Lei n. 8.686, de 20.7.93; Lei n. 7.405, de 12 de novembro de 1985 (torna obrigatória a colocação do "Símbolo Internacional de Acesso" em todos os locais e serviços que permitem sua utilização por pessoas portadoras de deficiências e dá outras providências); Lei n. 8.213, de 24.7.91 (dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências) e Lei n. 8.687, de 20.7.93 (retira da incidência do Imposto de Renda benefícios percebidos por deficientes mentais). Ver também a Lei Estadual n. 7.466, de 1º.8.1991.


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