Existe uma fase em que nos deparamos com algo, que muitas
vezes se torna assustador para o educador. A mordida! Não apenas para o
professor mais para os pais também, que em meio ao turbilhão de emoções de
deixar seu tesouro mais precioso na escola, ainda tem que lidar com essas
situações um tanto quanto desagradáveis.
Existem uma série de fatores que ajudam a desencadear esse
tipo de reação na criança, não apenas a raiva, o egoísmo, mais do que
isso, as mordidas dadas pelas crianças pequenas, com até 2 ou 3 anos de idade,
são uma forma de comunicação e de expressão de sentimentos. "Nessa
primeira etapa da vida, a criança ainda não domina a linguagem. Então, a forma
que ela tem para se expressar, para se comunicar e interagir com os outros é
pelos meios físicos, como morder, bater, puxar o cabelo", explica Marilene
Proença, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e
Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade
de São Paulo.
Para que as mordidas não aconteçam
- Estimule situações comunicativas, pois o uso progressivo da fala e de outras formas de comunicação vão, aos poucos, substituir as dentadas.
- Garanta que haja variedade de material, principalmente dos brinquedos preferidos. Dessa forma, há a possibilidades de escolha para todos, evitando-se assim as disputas.
- Esteja sempre por perto na hora em que o grupo compartilhar brinquedos.
- Evite situações que irritam ou cansam as crianças, como fome, sono e longos períodos de espera entre uma atividade e outra.
- Se houver uma que costuma morder com mais freqüência, fique próximo dela. Certamente ela vai se sentir mais constrangida com um adulto por perto.
Mas, se elas acontecerem
- Antes de tudo, cuide de quem sofreu a mordida e o acolha.
- Se quem mordeu tiver mais de 3 anos, chame-o para ajudar a cuidar do machucado que causou e assim conhecer as conseqüências de sua ação. Não brigue, mas seja firme e explique que isso não é uma coisa boa de se fazer porque causa dor.
- Analise os contextos e a freqüência desse comportamento e investigue as causas.
- Nunca estigmatize a criança tornando-a a mordedora do grupo.
- Ao contrário, procure ajudá-la a mudar de atitude.
- Ao avisar os pais de quem sofreu a mordida, não revele o nome do colega que causou o machucado, mas explique as providências tomadas.
- Já os familiares da que mordeu só devem ser comunicados se o comportamento se repetir com frequência.
Espero ter ajudado Semeadoras. Até o próximo post!
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